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The
Production of Culture Media
and the Urban Arts Diana
Crane Um dos
principais objectivos da abordagem das Ciências Sociais aos produtos culturais
deve passar pelo desenvolvimento de teorias que utilizem/observem as caraterísticas
dos media para explicar a natureza dos produtos culturais que estes disseminam.
Como é que os media dão forma e enquadram a cultura? Quais os efeitos
provocados nos contextos onde isto acontece? "Uma
sociologia dos produtos culturais tem de ser eclética, recorrendo a materiais
de um largo espectro de especialidades e disciplinas, mais no exterior que no
interior das fronteiras cada vez mais mal definidas da sociologia" p.x Introdução ‑
A pesquisa dos padrões estéticos de/do consumo e a sua distribuição pelos
media; Televisão O papel
do medium enquanto arena e montra. Os padrões de "enformação" do
Medium - MacLuhan - . Meyrowitz
- o papel do Acesso à informação e o tipo de Medium. A televisão recupera
informação inacessível a certos públicos em outros media (imprensa). Esta
encontra à sua volta grupos distintos hierarquizados quanto à sua capacidade
de decifrar os códigos especializados da imprensa; a televisão usa códigos
mais acessíveis, quebrando barreiras de status e formação. A audiência é
mais homóloga, juntando diferentes segmentos de públicos. Existe
de facto uma "cultura mediática" - "media culture", porque
os públicos tendem a aceitar as realidades sociais apresentadas pelos media (Snow). Para
entender a natureza e o papel do arquivo cultural na sociedade contemporânea é
preciso examinar as características
das organizações nas quais essa
cultura é produzida e disseminada. A teoria
da produção cultural tem-se preocupado com os efeitos de diferentes tipos de
estruturas organizacionais e diferentes tipos de mercados na diversidade e
espectro dos produtos culturais Cultura
mediática, cultura de classe e arena cultural Na
sociedade pos-moderna é a arena cultural que determina os padrões e formas
culturais, muito mais que uma suposta alta cultura. Quadro
pag. 6 Existe
um domínio/espaço nuclear ou central (core domain) da arena culturalcomposto
pela televisão, cinema e principais jornais (em termos de audiência) heterogéneos;
um domínio periférico ‑ livros, revistas, jornais especializados, rádio
e discos; existe
um domínio de organizações urbanas, com uma audiência de classe, composto
por práticas que envolvem a frequência de concertos, museus, exibições,
performances, feiras e teatro. As
organizações culturais localizadas/especializadas, ‑ sub-culturas ou domínios
da arte ‑ são fontes de novas ideias , das quais apenas algumas chegam à
grande arena cultural. A produção destes trabalhos é uma actividade social na
qual os criadores culturais procuram permanentemente o trabalho de outros
criadores para validar as suas próprias concepções estéticas e políticas. Desaparecem
os termos "alta cultura" e "cultura popular"; é mais
adequado pensar em termos de uma cultura produzida pelas industrias nacionais de
cultura, e outra pelas sub-culturas urbanas. As culturas centrais atraem todo o
tipo de públicos, enquanto as audiências das culturas periféricas são
segmentadas mais em termos de maneiras-de-estar na vida (lifestyle) do que por
classe social. Existe
uma tensão continua entre a tendência dos media nucleares para dominarem todo
o sistema e a proliferação permanente de novas organizações culturais em domínios
periféricos. _ medida que as organizações centrais se juntam/fundem
tornando-se conglomerados gigantescos, a ameaça de hegemonia, a imposição de
uma perspectiva do mundo e da sociedade por uma
elite tende a ser inevitável. No entanto, as subculturas periféricas e
urbanas tendem a expandir-se, assim como os diferentes estilos de vida, num
processo que Cathelat descreve como "hipersegmentação" das
sociedades modernas. O
paradigma da cultura mediática 2
Perspectivas: Marxista e Funcionalista Funcionalista
- os media como neutrais e reflectores, transmissão das ideias e da informação;
a questão essencial referia-se aos modos como o público era capaz de
memorizar/assimilar os conteúdos dos media. Marxista-
os media não são neutrais, transmitem perspectivas das das elites sociais sob
a forma de cultura de massas que era aceite sem crítica. Aquilo a
que hoje se chama o Paradigma da Cultura Mediática emergiu de dois tipos de
pesquisa; -estudos
da natureza e conteúdosdos jornais e televisão e; -
estudos da televisão enquanto medium mais do que enquanto dispositivo de
transmissão de mensagens verbais e visuais. A importância
assumida pelo espaço ocupado pela televisão no tempo do cidadão comum. O
Sentido ‑ "The text can no longer be seen as a self-sufficient entity
that bears its own meaning and exerts a similar influence on all its
readers.Rather, it is seen as a potencial of meanings that can be activated in a
number of ways" - Fiske, (89) p. 269). O
Enquadramento das notícias e a axiologia narrativa A
narrativa noticiosa é enquadrada de um modo que influencia a percepção do seu
conteúdo pelo público O enquadramento ocorre na selecção de certas ocorrências
em vez de outras e pelas técnicas de apresentação narrativa da imagem e emissão/divulgação. São os formatos
narrativos específicos que impõem uma perspectiva que destaca uns detalhes em
vez de outros, tais como a controvérsia, o perigo ou o conflito. A selecção
das notícias é determinada pelo modo como os reporteres as procuram, mais do
que pelos próprios acontecimentos, Noutras palavras,, o que se torna notícia
é mais orientado pelas práticas das organizações que pelos próprios
acontecimentos. Publicidade (Williamson-78)
- os anúncios buscam sistemas de sentido pré-fabricado
em outras áreas culturais e investem-no num determinado produto. Isto é
suposto ser um investimento, injecção de sentido na imagem do produto.
Acontece todo o tipo de associações nestes investimentos; objectos ‑
pessoas; objectos ‑ objectos; pessoas ‑ pessoas A
Cultura dos Media ‑ Paradigmas e Ideologia A partir
dos anos 20 há evolução , da imprensa, Ideologia
- exame d'Os modos como os media expressam as ideologias associadas a diferentes
grupos sociais e o modo como os indivíduos respondem e interpretam essas
mensagens ideológicas dos media. As técnicas
de codificação/descodificação utilizadas pelos media. O que Snow chama uma
grmática dos media. A panóplia
de estilos de vida e ideologias oferecidas pelos media para selecção dos públicos. "The
mass media provide us witjh ideas about how other social groups in society live,
so that we can make sense of society as a whole."p.17 A
interpretação feita pelos próprios media e a colocação dos acontecim,entos
em determinados contextos produtores de sentido (+- prestígio/importância) Leitor
Activo (Fiske 89 ‑ "The reader is an active maker of meanings from
the text, not a passive recipient of already constructed ones" p. 260 Os media
como arena social Televisão Meyrowitz
(1985) A televisão é uma arena social com impacto diferente dos media
impressos. A imprensa mantém as hierarquias nos receptores que aumentam a
segmentação e diferenciação social entre gurpos. A razão para isto está no
nível de competências necessário para aprender a ler as mensagens e os vários
níveis atingidos pelos vários segmentos da população. A televisão é muito
mais acessível aos vários grupos sem relação c/ a formação ou idade. Não
existe um filtro de complexidade a pré-aprender. Há uma fusão de públicos
que de outro modo seriam segmentados. O
consumo de imprensa está intimamente relacionado com a variável idade e
rendimento. É difícil
à elites utilizarem a televisão para transmitir as suas mensagens. Devido à
imagem há uma mimese da interacção social através do écran. Particularmente
nas transmissões ao vivo é difícil a manipulação porque a tv tende a
mostrar também aquilo que Goffmann chama o comportamento de bastidores. A Tv
teve como efeito homologizar todos os espaços por onde passa, do privado ao público,
da prisão ao espectáculo, à guerra, etc. Effeitos
- minar a autoridade política tradicional baseada no controlo dos media
impressos e a emersão de novos tipos de lideres para a manipulação dos media
visuais. Desmistificação do poder político, com o acesso a outros grupos
(estudantes, grevistas, etc.). A Tv.
mina a autoridade dos pais s/ as crianças que adquirem um conhecimento mais
sofisticado do mundo dos adultos e dos seus padrões de interacção. Há uma
socialização mais rápida e uma resistência maior, mais bem fundamentada.
(formação AV.) A
competição entre os media pelo espaço na atenção das audiências. Selecção
e stars Por
exemplo, a country music, para ganhar aceitação, começou a perder grande
parte das suas características e a parecer-se mais com a generalidade da música
popular mais aceite. Ironicamente, esta mudanças aconteceram por intervenção
da Country Music Association, que persuadiu as estações de rádio a adoptar um
formato country, no sentido de aumentar o impacto e influência deste tipo de música.
Ora, essas emissoras adoptaram os estilos de programação das estações de pop
music: tocavam repetidamente apenas um pequeno número de discos, aquilo que
Adorno mostrou como sendo o "pluging". Este procedimento diminuiu
grandemente o número de artistas emitidos e também a diversidade de estilos
dentro do género emitido para o público. O resultado foi o aparecimento de
meia dúzia de superstars de country music. Com o aumento da venda de discos das
stars, grande parte dos outros cantores desapareceram. ‑ (peterson 1978)
"The subgenres of countrymusic, folk country, countrycrooners, and
bluegrass music, once regular parts of country-radio mix, were virtually frozen
out of the new country radio" (p.306) Benjamin
- A disseminação em grand escala implica a descontextualização dos conteúdos
e, no processo, perde-se a sua "aura". São perdidos os referentes
específicos do poder simbólico do produto; ganha-se, eventualmente a força do
tempo de exposição. Há a perda do sentido original e aemergência e aquisição
de novas conotações, suitable connotations, conotações apropriadas. O
paradigma da cultura dos media e o entertenimento O espaço
do entertenimento nos media e o modo como aí são interpretados e
"expostos" os acontecimentos sociais. Mercado A audiência
é tratada como mercado para os produtos que são anunciados entre os programas
de entretenimento.A Felicidade é apresentada em termos de satisfação do
consumidor de estilo classe média na maior parte dos programas. A tv é
um forum cultural mais do que uma plataforma para a enunciação de uma mensagem
política ou dogmas sociais. A tv
incorpora definições evolutivas dos papéis e conflitos sociais, aludindo
apenas, não evocando as mudanças. Um
processo simbólico onde a realidade é produzida, mantida, reparada e
transformada. A função
da TV enquanto bardo social - reforço e produção de identidade dos membros do
grupo. A
necessidade de os programas de televisão apresentarem o consenso cultural
estabelecido acerca da natureza da realidade". O
interesse do material apresentado tem de satisfazer um grande número de grupos
com vários tipos de recepção e interpretação. O tratamento estereotipado
dos mais diversos temas. Existe
no entanto um conjunto de grupos marginais susceptíveis de operar uma leitura
subversiva dos materiais emitidos. Esta leitura é frequentemente feita
negligenciando elementos de um texto que representam as normas dominantes e os
valores que são supostos referenciar posições menos dominantes. A leitura
subversiva acontece com a negligência do enquadramento e concentrando-se nos
sub-temas e sub-enredos. (Fiske 1987) Cultura
dos Media e Sociedade O
individualismo excessivo A imagem
do parão americano - loose-bound - livre/aberto, que não põe barreiras
ou controlo ao sucesso. As
sitcom (situation Comedies) exageram a importância da emoção espontânea,
trivialisam problemas complexos e conflitos sociais porque há restrições de
tempo, programação e código;
glorificam a hostilidade à autoridade e a falta de disciplina, mostrando a
formação e o pensamento sério como perda de tempo. A ironia desta situação
é que a cultura dos media é produzida no seio de organizações poderosas,
hierarquicamente burocratizadas e mecanizadas que injectam todo o tipo de pressões
da eficiência organizacional na vida dos individuos que nelas
"funcionam". Isto é, existe uma curiosa dijunção entre o poder
organizacional concentrado das redes de televisão e a imagem da sociedade
americana como descentralizada, igualitária, e democrática que caracteriza boa
parte das narrativas que por aí passam. (Merelman - 1984). Não
existe qualquer função potencialmente motivadora de diálogo entre indivíduos
ou membros de grupos sociais diferentes. Pelo discurso televisivo não passa
qualquer texto despoletador do encontro ou da procura de objectivos comuns entre
os destinatérios. Quando muito funciona como forum e peeping circle. "This
literature suggests that television entertainment is both stereotyped and
complex. Individual programs are likely to be relatively stereotyped, both
artistically and ideologically. Diversity and complexity appear in the aggregate
when one compares strips of sequential programming. Then it becomes evident that,
at the level of the cultural arena, a wider range of view points can be detected
and are presented in a variety of ways. At the same time, the most pervasive
messages concerning individualism, success, and personal freedom appear to be at
odds with the actual nature of American social institutions at the present time
and may actually be producing increasing alienation rather than social and
cultural integration." p. 31 Estratificação
social e os Media: audiências em sociedades saturadas de media A relação
entre os podutos disseminados e o consumo desses produtos por estratos sociais
diferentes. Que tipo de relação? Qual o papel dos media na exposição desses
produtos? Como é que os media influenciam a escolha cultural? Qual a força de
impacto dos media nos modos de representação e percepção desses estratos
sociais? Mudança
na abordagem ao tecido social Tradicionalmente
os indicadores principais da relação
estrato social ‑ consumo, eram a formação (educação) e riqueza. A mudança
da abordagem por via da classe social (que perdeu sentido) para (lifestyle)
estilo de vida e padrão de consumo como indicador base de estatuto social e
estratificação, pode ser um reflexo do modo como as pessoas procuram, e
encontram, as suas identidades. Na sociedade industrial, a identidade está
intimamente relacionada com a produção; o item mais importante é a profissão,
o que a pessoa faz, enquanto fonte identitária, particularmente para a relação
a estabelecer com o ponto na trama do tecido social em que deve ser colocado..
Nas sociedades pós-industriais há uma disjunção entre os valores económicos
e políticos, por um lado e os das instituições culturais por outro. (Bell -
1976) Há ainda um aumento substancial do tempo e práticas de lazer. Assim, a
identidade é cada vez mais baseada no estilo-de-vida e nos padrões de consumo.
Aqui os objectos materiais adquirem
maior importância enquanto indicadores subtis de identidade e códigos simbólicos.
São os objectos que mais rápidamente representam e qualquer ideia ou símbolo
tem que por eles passar enquanto mediadores da inter-relação social. É
portanto nesses padrões de consumo razoavelmente estáveis e facilemnte
identificáveis que assenta o recorte da nova
estratificação que é primeiro de mercado e depois social, mas que se funde
com contornos um pouco mais difíceis de discernir. Do ponto
de vista da pesquisa de mercado, os estilos-de-vida representam diferentes padrões
de consumo de bens culturais. Com uma variedade de indicadores tais como as
características demográficas de uma população, a localização geográfica,
os traços de personalidade, a pesquisa tenta relacionar o tipo de produtos que
se associam formando padrões mais ou menos homogéneos. Para o investigador,
estes padrões de escolha de bens materiais e práticas de lazer sugerem uma
identificação com sentidos simbólicos que definem a identidade pessoal de uma
nova maneira; de algum modo, os consumidores escolhem os produtos como meio de
comunicar aos outros as suas relações com o complexo conjuntos de atributos e
valores sociais. Audiências
dos media centrais: a televisão e o cinema A tv tem
mais audiência que a generalidade dos outros media no seu conjunto. As 3
grandes redes de tv americana definem as audiências como mercados. Cada network
quer, primeiro que tudo, aumentar o tamanho da sua audiência de acordo com a
"demografia" desejada pelo anunciante. Assim, não estão a aumentar o
tamanho geral/total da audiência apelando a gostos especializados mas a
aumentar a sua fatia da audiência potencial existente. Este tipo de mercado só
pode ser visto segundo uma equação de soma finita; o número total de horas
que as pessoas disponibilizam para ver televisão é mais ou menos estável e
finito. Este número tem de ser repartido ou disponibilizado por entre os
"apelos" à atenção
existentes. As networks projectam as suas audiências em termos de vários
mercados segmentados, dependendo da hora do dia e das características demográficas
dos telespectadores de cada segmento.O público alvo, aqui, é sempre aquele com
mais capacidade de aquisição nesse segmento horário: as mulheres domésticas
da classe média, durante o dia, e os homens da classe média à noite; por isto
o facto da generalidade dos filmes e programas criados para televisão
apresentarem uma realidade enformada pela perspectiva da classe média. Gans -
1974 A
sociedade é caracterizada por diferentes sub-grupos identificados pelo
"gosto" ("taste publics", cada um com o seu conjunto de
preferencias culturais a formar uma "taste culture" . Gans gisa 5
taste cultures e seus públicos: alta cultura, cultura média superior, cultura
média inferior, baixa cultura e cultura popular. Cada taste cultura envolve: ‑valores
que dizem respeito ao consumo de diferentes formas culturais; ‑formas
culturais, tais como música, pintura, literatura, cinema e etc; ‑os
media nos estas formas culturais são expressas e; ‑os
valores políticos ou implicações políticas das diferentes preferências
culturais. Existe
uma "ligeira fusão" de estrastos que se visitam ocasionalmente -
apenas em termos positivos - umas visitas ocasionais ao museu ou ao concerto. Bourdieu
84 Os membros das classes inferiores não entendem os valores estéticos
subjacentes à alta cultura e por isso têm uma experiência completamente
diferente na visita a um museu ou a um concerto.pg.35-6 Deste
ponto de vista, qualquer tentativa para aumentar o público da alta cultura não
implica necesáriamente a disseminação da alta cultura a uma audiência mais
vasta. A democratização da alta cultura não pode ser feita apenas tornando-a
mais acessível (o problema total do acesso - matrerial, contextual e
espiritual) . As artes e o consumo cultural preenchem uma função social de
legitimação das diferenças. As distinções de classe são justificadas em
termos de gosto cultural e estilos de comportamento. Neste contexto, o gosto e o
conhecimento da alta cultura é intimamente associado à classe social,
oferecendo pºrestígio à cultura e seus portadores.A alta cultura é neste
sentido, ideal, e a única à priori legitimada. Por
outro lado, para Bourdieu, os gostos culturais das classes baixas são
determinados por uma atitude utilitária: o entertenimento é suposto oferecer
escape ou soluções para os seus problemas, por contraste com as classes altas
que não têm problemas económicos a motivá-los em termos de necessidade e
para quem a perspectiva cultural funciona enquanto "arte pela arte" ou
"cultura pela cultura". Aqui, a forma e o estilo são amis importantes
que a substância e a função. A cultura média é para Bourdieu, pretenciosa,
reflectindo tentativas sem sucesso de aspirar a um status de classe alta. |