TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Programa
I.Programa sintético
para os módulos de Teorias e Modelos da Comunicação;
II.Pressupostos para o
rendimento pedagógico dos temas a abordar.
Introdução
Propósitos e
enquadramento da matéria disciplinar;
Operacionalização do
trabalho.
1.
- A natureza das
teorias da Comunicação;
- As origens do
conceito de Theoria
- Theoria versus
praxis
- As teorias e modelos
da Comunicação Humana
- As teorias e modelos
da Comunicação Social
2.
-A teoria dos sistemas
gerais e a Cibernética; aplicaçöes e exemplos
-O Interaccionismo
simbólico: observação de aplicaçöes;
George H. Mead e a escola do I.S.;
Keneth Burke, etc.
-Teorias dos signos e
Linguagem. Codificação verbal e não-verbal;
-Teorias do sentido e
do significado
3.
As teorias da
Informação
-Conceitos básicos e
relação c/ os sistemas e cibernética.
-A informação
semântica; a eficácia da Informação;
-Aplicações.
4.Retórica: Teorias da
persuasão e da mudança
-A teoria retórica. As
implicações semiológicas
-Aplicações ao desenvolvimento
nos media.
5.
Teorias da Comunicação
social
5.1
-O nascimento dos
meios de comunicação de massa;
-Os diferentes tipos
de teoria originais;
-Origens da definição
dos media;
-As definições
assumidas dos media
-Conceitos e
definições: o conceito de massa;
-A cultura de massa -
extensões
5.2
-A instituição
mediática;
-As teorias dos media
e da sociedade;
-Os media e a mudança
no tecido social;
5.3
-O Conteúdo dos Media
e a realidade;
-Análise da realidade
reflectida e os géneros/tipos de produtos;
-Análises de conteúdo;
métodos.
5.4
-A Audiência dos
media; conceitos;
-A tipologia da
formação de audiências;
-A interacção social;
-A actividade das
audiências, satisfação e utilizações;
-A audiência como
descodificador; teorias da recepção;
-A influência das
audiências no conteúdo.
5.5
-Os efeitos dos media;
-A investigaçao e
teorias dos efeitos dos media;
-A difusão num
contexto de desenvolvimento;
-A distribuição de
informação e conhecimento;
-A definição das
realidades;
-O controlo social e a
formação de consciências;
-Efeitos sobre outras
instituições sociais;
---Os temas e
conteúdos acima descriminados são apenas parte do que, em condições óptimas de
rendimento pedagógico da parte dos formandos, poderão ser ministrados.É
necessário ter em conta as possíveis lacunas na preparação ou níveis desiguais
de saber adquirido, implicando compensações de preparação mais demoradas. De
qualquer modo, o assimilar e a capacidade de aplicação destas matérias na
realidade profissional e vivência dos formandos, deve ser considerado como
acima de satisfatório adentro dos propósitos que se propõem os módulos de
teorização e observação dos media.
NOTA s/ o modo como
deverão decorrer as sessões de formação:
.Apesar da previsível
limitação de disponibilidade da parte dos formandos, é de todo necessário que
possam encontrar tempo e motivação para o mais diverso tipo de leituras, a
começar pelas fornecidas pelo formador; quanto mais certo e constante for o seu
acompanhamento através da leitura e reflexão, maior será tanto o espaço como o
rendimento das sessões que poderão ser mais dedicadas a debate de experiências
e outras aplicações.
Avaliação
O modo de aferição do rendimento dos formandos
deverá ser contínuo e conforme às circunstâncias.
O tipo e conteúdo das intervenções em sala, os
exercícios práticos e teóricos, assim como a experiência e conhecimento
revelados por todo o tipo de actos em sala, deverão ser incluidos como
indicadores para a aferição do seu rendimento. Em caso de ausência de
intervenções (por exemplo,excesso de passividade) o formador ver-se-à na
necessidade de administrar provas de aferição de cariz mais formal.
História- nascimento
da imprensa jornalística
- A carta e o correio - o newsletter.
-O Jornal do sec.
xviii não era identificável com 1 fonte, era apenas uma compilação de notícias
feita por 1 impressor, a oferta de um serviço.
-Num certo sentido, e
relativamente ao livro, o jornal é uma inovação. - A invenção de uma nova forma
literária, social e cultural.
Distingue-se por: - individualismo,
orientação p/ a realidade, utilidade, secularidade e perfeito p/ a nova classe
de comerciais e urbanos e profissionais.
A novidade não está na
tecnologia nem na distribuição, está nas Funções de aplicação à classe e num
clima + permissivo.
A imprensa
jornalística enquanto Adversária dos poderes instituidos - a
luta pela liberdade de edição - a imposição do conceito de democracia.
Aversidade e
vulnerabilidade aos poderes.
Vulnerabilidade no
progresso na sofisticação de meios de controlo da imprensa - controlos legais
para substituir a violência anterior, + controlos fiscais.
Ponto de nascimento da
imprensa contemporânea de massa:
- fim da 1ª Grande
Guerra
Mudnaças ocorridas
entretanto:
-Crescimento do
público leitor de jornais
-Crescimento da
alfabetizaçaõ
-Crescimento das
classes com poder de aquisição
-Estímulo do apetite
de informação
-Melhoria da
tecnologia ligada à imprensa -linotipo e,a seguir, offset
Nascimento do jornal
como empresa comercial - populista, com secções de maior consumo.
Depois, integração em
grandes impérios financeiros
BROADCASTING
Nascimento da rádio e
Tv, apenas como receptáculos - a tecnologia à frente das necessidades - nova
tecnologia sem conteúdos.
Uma História com um
alto grau de controlo e regulação/licenciamento, "por necessidade
técnica", segundo o discurso legitimador do Estado.
Um padrão de
distribuição Centro-Periferia, e
asociação com os poderes instituidos.
CINEMA
Fim do séc. XIX -
feira de entretenimento
Fazia já parte da
"invenção do Lazer"- tempo de não-trabalho
Uma enorme procura,
manifesta e latente.
Satisfação das
necessidades de uma classe que fez aparecer o jornal,
os mesmos elementos,
identicas características de emergência, mas,
outra classe,
outras necessidades
diferentes do jornal.
A utilização do filme
como propaganda, ideológico - entre guerras e na segunda grande guerra.
Utilização didáctica -
rendimento didáctico do filme - capacidade de transporte de informação -
mensagem
Liberdade - o filme
podia passar mais à ficção - fugir do real e ir até ao pornográfico.
Adaptação dos
conteúdos do teatro e do romance do sec. XIX e anteriores - McLuhan e a
cumulatividade/intrusão dos media
Uma noção de
respeitabilidade diferente.
Evolução - o cinema apesar da perda de audiência
devido à televisão, goza de uma centralidade enquanto exposição/montra para os
outros media e fonte cultural, em volta da BD, romances, séries de TV, etc.
É criador de cultura
de massa e não apenas um adaptador de outros conteúdos.
Novos Media
Electrónicos
Teletexto
Videotexto
CDrom/videodisco
Características, por
contraste com os velhos media:
-Descentralização (do
fornecimento e escolha)
-Alta capacidade de
acesso (satélite e bancos de dados)
-Flexibilidade de -
forma, conteúdo e aplicação.
Media híbridos ou de
fusão.
Ex. videotecas de
Paris e Japão.
Características e
qualidade do medium - selecção feita pelo mercado - as forças do mercado
VHS-JVC e -
Betamax-Sony. Philips 2000, 8 e Hi8, diskette de som gravável e
cassette philips.
Os outros processos e
instituições sociais
Relação dos media com
outras formas sociais de significação - o grande espelho que reflecte.
FUNÇÕES
Acção para o objectivo
Disfunções - de fuga
ao objectivo
Latentes - níveis de
profundidade
consciente vs inconsciente
Manifestas - níveis de
superfície
Ex:
Processo
Burocracia
Justiça
Prisão
Funções Directas
1 - Destaque,
prestígio, posição social dos indivíduos e grupos focados
2- Reforço do
prestígio dos que se identificam com o valor socialmente difundido
3 - reforço das normas
sociais/Tensão ética/ Big Brother/ o Polícia
Funções e não Efeitos
- + geral e global
O sonho da
manipulação/persuasão/influência/função:
Perspectiva de
funcionamento do sistema social
+ neutro
+ isento
sem uma noção de Poder
envolvida.
COOLING - génese da
passividade
Atenuação das tensões
sociais p.59,66
Panem et circus
Função - informar
Disfunção -
adormecer/passivisar Brasil/América
Latina
O Conformismo social -
parte do sistema de mecanismo de controlo social
O nível baixo e a
resistência à melhoria/elevação de nível - forças de mercado/compromissos de
sobrevivência.
Compreender os Mass
media - percebê-los em relação à experiência dos Públicos, contextos
situacionais.
p.61/63
A Violência -
problemática na TV
. A actividade mental
passiva - a criança a olhar a tv - hipnose
. Versão editada da
vida
. Atitude
espectatorial e perda de iniciativa
. O Bombardeamento de
estímulos torna as crianças insensíveis - há logo um outro estímulo que não
deixa encetar a acção.
. Inibe a capacidade
criadora porque fornece tudo pré-fabricado.
. Alívio da tensão: o
contributo da CATARSE
COOLING P.59/66
Atenuação das tensões
sociais
Panem et Circus
Função - informar
Disfunção -
adormecer/passivisar
ex: o Brasil/América
Latina- nós por cá?
CONFORMISMO SOCIAL - o
conforme não chateia
Parte do sistema de
mecanismos de controlo social/ vide sociologia política
Pedagogia e Cultura de
Massas
Os efeitos dos media
EVASÃO E CATARSE
A fuga do real
A hipótese do satélite
- a selectividade - o específico e a ignirância - a divisão para reinar
Definição de Com.
Social p.22
O nível baixo e a
resistência à melhoria / elevação de nível
As forças do mercado -
compromissos de sobrevivência
A violência - a sua
problemática na TV/ falsa
A TV E A CRIANÇA
1. Actividade mental
passiva - a criança a olhar a televisão
- hipnose
2. Versão editada da
vida.
3. Atitude
expectatorial e perda de iniciativa
4. Bombardeamento de
estímulos - excitação - torna as crianças
insensíveis - há logo um outro estímulo que não
deixa encetar as acções.
5. Inibe a capacidade
criadora porque fornece tudo pré- fabricado/pré-concebido
6. Alívio da tensão -
o contributo da Catarse.
A TV de
U.Eco p. 325
A tv como serviço
específico - o meio/medium
Condições sociológicas
e psicológicas determinadas
Isto determina uma
relação particular C/ o público
que qualifica o
discurso televisivo
Toda a análise tem de
recorrer a este princípio.
Psicologia da
Assistência - ver televisão
Cohen-Seat
Do distanciamento
crítico Isolamento e privacidade
juízo crítico literalmente co-acção
evasão irresponsável co-agir com o Participação
representado
Fascinação
o espectáculo total
Hipnose fabricado
p. 343
Os falsos sentidos
O falso concurso e a
indignação do público
O "Em
Directo" e o "Em Diferido" - Os G.P. de Fórmula 1
OS CONCURSOS
A falsa participação
do mortal na corte rica e doadora.
A força do medium -
275 contos por segundo na passagem do ano - a venda dos spots em leilão à
Macieira - Coca-cola
A Média dos gostos
O ESPELHO
A Tv privada e as
consequências da mediania e servidão
Fenómeno de massa - o
caso da pressão da ågua em Brooklin.
Os modelos de
persuasão e controlo levados a efeito pelos media em sociedades diferentes p. 347
A Modelação dos
gostos - música italiana
O investimento nos
media de entretenimento
A Imprensa e as
revistas em volta da tv
Matar o tempo - no
futuro p. 352
As cartacterísticas
estupefacientes - a não-história do acontecimento-hoje/ no espaço, não no
tempo.
A Homogeneização -
não-diferença
O liberalismo não é
tão liberal assim - dirigismo
conclusão p. 363
A natureza do medium -
recepção
EMOCIONAL
INTUITIVA
IRREFLEXIVA da
comunicação pela imagem.
COMPREENDER OS MASS
MEDIA - percebê-los em relação à experiência dos públicos: os contextos
situacionais.
OPINIÃO PûBLICA -
correntes - o que é isso?
Relação com os media -
formação de opinião.
A TEORIA CRïTICA
T.C. - VERSUS - COM. RESEARCH
A pesquisa da
"gestão administrativa"
versus T.C.
A Escola de Frankfurt -
História
Max Horkheimer
Theodor Adorno A IMPORTÅNCIA DO CONTEXTO
Herbert Marcuse
JurgenHabermas
A sociedade entendida
com um todo
Não sectorial, não
submetida à razão/ratio instrumental
INSTRUMENTALIZAÇÃO -
manutenção da ordem social - reprodução
A complexidade das
junções do todo e das partes
Necessidade de análise
do sistema da economia de mercado - desemprego - crises - terrorismo -
militarismo.
entrar nos fenómenos
supra-estruturais da cultura.
Epistemologia -
Observação crítica da produção científica.
A INDûSTRIA CULTURAL e
a sociedade de massa
A estereotipia - a
produção programada
Molde - feito para
encaixar - padronizado
Fazer - o processo do
trabalho omnipresente
A ESTANDARDIZAÇÃO -
adaptação aos públicos - condicionamento Pavlov.
ex: os realizadores
independentes - mavericks
OS CONDICIONAMENTOS DO
SISTEMA
Formação ---- Produção
de Padronizada
um
padrão de
consumo
Injecção ---- Consumo
de Padronizado
Capital
A QUALIDADE DO CONSUMO
NA INDûSTRIA CULTURAL
OS MEDIA COMO (COM
FUNÇÕES) CIMENTO SOCIAL
A partilha/consumo de
referentes/produtos comuns
Os programas são os
mesmos
A Reprodução
AGENDA SETTING
A grelha
interpretativa da realidade
O quadro de referência
- a Evolução
Dependência cognitiva
dos mass media
Os jornais têm mais
força de influência
A Semiosis textual
Discursos -
concatenação - / encadeado
O discurso produzido
sobre uma trama - tramado
A estruturação dos
conhecimentos segundo os media
A estética da recepção
que estuda o fenómeno
3 VERSÕES DO PROCESSO
DE COMUNICAÇÃO
orient.
do emissor receptor
1.Modelo de
transmissão Transferência de
sentido process.cognit.
2.Expressão ou
modelo ritual Performance Gratificação/
experiência partilhada
3.Modelo da
Atenção Display/montra Atenção/
espectacularização
1. O modelo de
transmissão é esencialmente extraído dos clássicos modelos/contextos
institucionais - educação, religião, governo. - formativo, informativo e de propaganda
2. O modelo expressivo
agarra um pouco das práticas, propósitos e definições do próprio medium nas
esferas culturais, de entretenimento e informativas, mas reflecte
essencialmente a intrpretação externa dos observadores mais que a dos
emissores.
3. O modelo da
montra/atenção/display é o que está + próximo do principal objectivo do medium
- + atenção, atrair audiências.
Boa parte da
"media culture" pode ser vista pela perspectiva das práticas de
atracção, atenção das audiências, que envolvem uma atracção inicial,manutenção
e profundidade de atenção.
A atenção tem várias
dimensões mensuráveis/aferíveis e vai até aos conceitos de envolvimento e
compromisso, embora o que mais conte é o tempo passado com um item ou tipo de
conteúdo de um determinado canal de meio. A qualidade da atenção é normalmente
de importância secundária para o medium, embora adquira outra dimensão para o
anunciante.
O mercado é baseado na
atenção das audiências.
Este modelo da Atenção
envolve características específicas:
- A atenção é um
processo de soma-zero. O tempo que se passa com um canal não pode ser dado a
outro, e o tempo é finito. Em contraste, não existe limitação quantificável
para a quantidade de sentido transferida ou satisfação oferecida pela
performance;
- A atenção é a do
presente, e o futuro só conta como contitnuidade ou amplificação do presente. O
pasado não conta.
- A conquista da
atenção é um fim em si. Não existem outros propósitos; a forma e a tecnologia
são mais importantes que o conteúdo
Conclusão
As prioridades para a
aquisição de audiências funcionam como condição necessária para a existência e
consecução de resultados. É preciso compreender este truismo para perceber
alguns aspectos da "professional media culture", ou o media cultural
product.
Implicação dos media
como consumatórios - um fim em si mesmos, pelo presente, utilizando tempo e
recursos sem um fim particular.
Isto explica a redução
de qualquer expectativa de efeito em termos de conhecimento, influencia ou
comportamento. Explica a importância das personalidades dos media, o alto valor
ligado à fama, imagem, publicidade e celebridade independentemente de qualquer
consecução, um valor que os próprios media tentam também disseminar entre as
audiências.
Como é que vão evoluir
os novos media?
CAP.3
TEORIA DOS MEDIA E
TEORIA DA SOCIEDADE
I-A Comunicação de
massa enquanto um processo social: a mediação das relações sociais
Em termos de uma
abordagem do ponto de vista sociológico, a instituição mediática está envolvida
na produção, reprodução e distribuição de conhecimento no mais vasto sentido de
conjuntos de símbolos que têm sentido referencial para a experiência no mundo
social. Este conhecimento permite-nos extrair sentido da experiência, dá forma
às nossas percepções da experiência e contribui para arquivar conhecimento do
passado e a continuidade do entendimento presente.
Em termos
institucionais e colectivos, os media diferem das outras instituições que
operam com conhecimento:(arte, religião, ciência, educação)
- têm uma função geral
de veiculação de conhecimento de todos os tipos, incluindo o das outras
instituições;
- Operam na esfera
pública, em princípio acessíveis a todos os membros da sociedade em termos
abertos, voluntários e livres;
- em princípio, a
relação entre emissor e receptor é equilibrada e igual.
- Os media chegam a
mais pessoas e durante mais tempo que as outras instituições;
- Têm um papel de
mediação entre a realidade social objectiva e a experiência pessoal.
Mediação
Os sentidos de
mediação
A mediação pode passar
pela relação directa, ir até ao controlo de uma por outra pessoa, passando pela
negociação.
Os modos como os media
nos ligam à ralidade
A REIFICAÇÃO DOS MEDIA
- A janela para o mundo - da experiência
- Um interprete que explica e extrai sentido
de acontecimentos fragmentários e enigmáticos;
- Uma plataforma ou
veículo de informação e opinião
- Uma ligação
interactiva através de feedback
- UM sinal (de
tráfego) que oferece orientação e guia
- Um filtro que
selecciona partes da experiência para maior atenção e fecha outros -
Gate-Keepers
- Um espelho que
reflete a imagem da própria sociedade, normalmente com alguma distorção ao
acentuar oque as pessoas querem ver ou punir;
- um vidro ou barreira
que esconde a verdade ao serviço da propaganda ou do escapismo.
Estas são imagens de
análises exteriores ou como os próprios media se observam.
Enquanto reflectores,
acham que podem tornar a sociedade mais transparente e/ou visível. Os fenómenos
de opacidade e ocultação.
Os media rejeitam as
conotações negativas ligadas à filtragem e controlo.
Há ainda perspectivas
diferentes sobre até que ponto a sua actividade deve ser neutra e reflectora ou
participante e directiva.
UM QUADRO DE
REFERENCIA PARA O ESTUDO DA MEDIAÇÃO
Gráfico da mediação
p.54
Ligações entre os media
e outras instituiçoes
As relaçoes normativas
- uma ética do jornalismo/imprensa para com o público.
Pressupostos que
incluem - Liberdade, responsabilidade social, racionalidade.
As relaçoes económicas
com a sociedade.
As relaçoes
informais dos media + com a sociedade.
Formas de aproximação
dos media aos poderes instituidos, mais do que das audiências.
Ligaçoes entre
organizações mediáticas e os seus públicos
A estrutura dos
públicos dos media - padrões e dinâmica.
- Os media
oferecem e facilitam uma comunicaçao
vertical para baixo, mais que para cima, ou lateral;
- Oferecem um grande
suplemento de experiência vicarial e interpretação - o espaço hermenêutico. É
este suplemento que é mais partilhado e
se constitui base comum para um discurso social.
TEORIAS ALTERNATIVAS
DOS MEDIA E DA SOCIEDADE
Domínio versus
pluralismo
Esquema p. 59
Tendências centrífugas
versus tendências centrípetas dos media
Abordagem de valores
como: mudança, liberdade, diversidade e fragmentaçao (centrifugas) e, por outro
lado,
ordem, controlo,
unidade, coesao (centrípetas).
Tudo vai depender de
uma perspectiva positiva ou negativa destes conceitos.
VALORES
Os media têm recebido
o crédito de estabelecerem novos conjuntos de valores homogéneos e simples que
enfatizam a conformidade e a ordem no tecido social, funcionando como única
instância de acesso à totalidade da massa social.
MAPEAMENTO
Há uma perspectiva
positiva que destaca a funçao integradora e unificadora dos media
(funcionalismo), e a negativa, que representa o efeito como uma homogeneizaçao
e controlo manipulador (teoria crítica da sociedade de massa).
A posiçao positiva
destaca a modernizaçao, a liberdade, a mobilidade como efeitos esperados
(individualismo em geral), enquanto que
a versao negativa
destaca o isolamento, a alienaçao, a perda de valores e a
vulnerabilidade(disfuncionalidade).
Versoes das tendências
dos media:
1. Para a uniformidade
e controlo repressivo
2. Para o pluralismo e
solidariedade voluntária. p.60
PERSPECTIVAS
CENTRADAS NOS MEDIA,
OU
CENTRADAS NA SOCIEDADE
Perspectivas
construidas a partir do elemento pivot e de mudança histórica.
A perspectiva centrada
nos media com advogados na Escola de Toronto - Innis-1951 e McLuhan 1962,
Gouldner-1976, encontram o seu melhor exemplo na Imprensa enquanto medium e
tecnologia com papel dominante numa determinada época.
A perspectiva centrada
na Sociedade vê os media como dependentes de outros interesses , por exemplo de
classes dominantes,culturas ou estratos sociais.
Existe ainda uma
teoria da "culturalizaçao" de Gerbner que observa os "sistemas
de mensagem dominantes" (conteúdos) como sendo mais devedores de certas forças institucionais na sociedade do
que das propriedades intrínsecas da televisao enquanto medium, reconcioliando
assim a perspectiva sociológica com a comunicacional.
A distinçao entre
perspectivas encontra ainda outras linhas divisórias que podem essencialmente
ser encontradas entre as explicaçoes de base e de superestrutura da mudança
social; entre abordagens mais materialistas e mais idealistas; entre uma
destaque da comunicaçao enquanto
expressiva do consumatório/consumaçao ou uma perspectiva do mesmo enquanto meio
de transmissao ou consecuçao de um fim. Isto permite diferenciar as tradiçoes
culturalistas da
"sociológicas" nesta área de estudos., cada uma com os seus métodos
específicos.
A Teoria dos Media
Aplicada: o Poder, a integração e a Mudança
A teoria científica
dos media não se desenvolveu no vácuo: desenvolveu-se como resposta a questões
muito concretas feitas à sociedade pela pesquisa empírica - communication research - e para os fazer fazer sentido. - colocar e resolver problemas.
O estudo e a
teorização não são apenas acerca dos media, mas têm referencias muito mais
alargadas.
As três áreas de
trabalho e resposta - poder, integração e mudança.
Poder - não poder
Integração -
afastamento/atomização
mudança - estatica
O Poder
As estruturas dos
poderes económico e político; a sua relação;
Os media têm um custo
e valor económico - são agentes.
Competição para o
acesso ao poder; instrumentalização. Porque têm - são supostos ter - capacidade
para:
-Atrair e dirigir as
atenções
-Persuadir em áreas de
opinião e crença
-Influenciar
comportamentos (votações, compras, etc.)
-Conferir status e
legitimidade;
-Definir e estruturar
as percepções da realidade
Questões derivadas
-Quem controla os
media e no interesse de quem?
-Quem tem acesso aos
media e em que circustâncias
-Qual é a versão do
mundo (realidade social) que é apresentada?
-Qual a eficiência dos
media na consecução dos seus fins?
-Que variáveis limitam
ou amplificam o poder dos media no que acima fica mencionado?
Há respostas a estas
perguntas, essencialmente oferecidas por:
Teoria da sociedade de
massa e o Poder;
Teoria Marxista e
poder;
Teoria funcionalista e
Poder
Modelos alternativos
de Poder nos Media
Quadro pág. 86
A Integração
A questão essencial
para muitos sociólogos tem sido a manutenção da ordem - como é mantida, porquê
e em que circunstâncias é que se quebra.
A relação dos media
com a rápida urbanização e mobilidade social.
Os que são a favor e
contra; o controlo social desejável para uns surge como indesejável para
outros. A fragmentação social e a privatização.
Questões:
-Os mass media
aumentam ou diminuem o nível de controlo social?
-Os media encorajam ou
não a formação e intervenção de instituições sociais?
-Os media oferecem
informação consensual, valores e ideias consensuais?
- Os media ajudam ou
prejudicam a formação de diversos agrupamentos baseados em sub-culturas,
opinião, experiência social, acção social, etc?
- Os media contribuem
para uma pro-socialização e comportamentos sociais como outras instâncias de
socialização, ou encorajam da desordem?
As diversas dimensões
desta complexidade;
-a integração vs
fragmentação;
-o nível da
organização social;
- a esfera do efeito
quadro pág.89