[...] meios de comunicação social, palco de um exercício retórico de fancaria, que pesca aqui e ali, alude acolá, colorindo com a gaze do exagero e do alarmismo o painel da sociedade, com amostras ou mantas de retalhos de tropelias, leviandades, abusos, despautérios, intrigas, etc..
O corpo da democracia portuguesa está a ser objecto de uma clientela populosa e estável que se revesa nos lugares e instituições, fazendo dela um refeitório de compadres, onde grupos de interesses e urgências (provenientes de todos os quadrantes políticos), das mais variadas naturezas, se sentam em lugares previamente determinados, insultando-se por vezes de mesa para mesa e que [...] só amam a peleja pelo saque que esta pode proporcionar.
Joaquim Palminha Silva